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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O QUE É QUE EU FAÇO ?

Sabe aqueles dias em que há um certo desajuste de coisas e a sensação é a de que as coisas, todas, estão fora do lugar? Sabe quando o mundo inteiro parece ter decidido te ligar na madrugada e você, totalmente, sonolenta e lenta fala com uma pessoa pensando ser outra? Será que terei que dormir de óculos? Aconteceu isso comigo nessa madrugada. Primeiro foi um em relação a um trabalho e eu disse que poderia me ligar a qualquer hora, depois, bem, depois foi o improvável e que só depois de mais de vinte frases entendi de quem se tratava. Tamanha foi a minha surpresa que estou totalmente despassarada até agora e olha que isso não é muito fácil de acontecer. Pensei que fosse delírio , sentei-me na cama e acendi a luz, mas, confesso, não enxergo muito quando estou acordada, imagine dormindo (rrsrsr).
Ajeitei-me na cama e aquela voz veio como aconchego, acalanto e cuidado...Nada perguntei. Me fiz toda ouvidos e lembranças. Lá no meu íntimo fiquei me perguntando- com que direito você me invade quando ainda é madrugada?- mas continuo imóvel, afinal minha alma precisa aprender a ser éter de vez em quando.
Conversamos, ou melhor, versamos sobre algumas coisas que respiramos juntos. Falamos sobre saudade, política e caos. Falamos nosso desencontro e dá possibilidade de sermos... quem sabe?? Tudo tão confuso quanto essa postagem, mas de tamanho sentido que me deixou assim por horas...  quase sem ar, meio perdida no meio desse encontro até quase às 5:00 h quando tenho que tomar um banho e me arrumar para mais um dia que sei que deixará em mim um aspécto de madrugada infinita.
Deixei que você, feito um cão, latisse todas as velhas ilusões aos meus ouvidos. Deixei- me arvorar em novas possibilidades e até encontro marcamos num final de tarde nos permitimos..(antes nas tardes so que nunca).
Nessa madrugada descobri que nem sabia que sabia que você ainda tentava saber o que se passa... Durante o dia fique me perguntando: O que é que eu faço???
                                                               
Responde... O que é que eu faço????

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

DA CHEGADA DO AMOR AOS 49

O amor às vezes demora pra chegar. É típico dele aparecer quando não o estamos esperando ou quando achamos que é tarde demais para a aparição do primeiro.
O primeiro amor pode aparecer aos 15 anos, aos 20 anos, aos 35 ou aos 49 anos e com a mesma surpresa que nos causa quando adolescentes.
É da chegada do amor essa vontade de se perfumar, comprar lingerie nova, viajar, dormir de conchinha, perder noites de sono idealizando o próximo encontro...
A chegada de um despertar maduro faz-nos entender que o tempo é um escudeiro fiel e que não nos abandona. Há nesta chegada a preparação pro desconhecido, a cumplicidade, o envolvimento seguro e as misturas tão juvenis que ficaram adormecidas dentro de quem ,ainda, não havia experimentado tal condição. Digo condição porque amar é isso: uma condição de não medida, de não idade, de não censura. Engana-se quem afirma que depois de uma certa idade as formigações são lentas e mornas. Engana-se, e muito, quem faz esse tipo de colocação. Sempre digo que o amor é cíclico e , sendo assim, aquilo que doamos ao outro volta para nós e esse sentimento que emanamos retorna pro outro e ele entende essa troca de energia e devolve, na verdade, como se fosse dele.
Não devemos nos  envolver em falsos achismos quanto ao que pode ou ao que não pode numa relação "debutante". Vale tudo , até dançar homem com homem e mulher com mulher...tudo vale.
 Compartilhe seus sonhos, dúvidas, risos, cumplicidade, segredinhos de alcova (rsrrsr),medos, decisões. Ame e deixe-se amar, mesmo por uma fração de segundos, mesmo que pareça impossível, mesmo que seja unilateral. Ame e dê vexame e chame o nome dele, escreva no caderno dentro de um coração, ria distraidamente com ele e/ou para ele..tudo vale, tudo pode.
Faça de "um tudo" para se manter bem e deixe que ele te leve e enquanto estiverem juntos... seja leve, muito leve pra que o gozo possa, de fato, te fazer flutuar...
                                                                     

terça-feira, 20 de setembro de 2011

SIMPLES, NÉ??

Há fases na vida que a única coisa que queremos é poder aquietar um pouco a alma. Cheguei ainda agorinha de mais uma apresentãção para a trupe do canteiro de obras da Penha. Ontem esqueci de falar sobre um aspécto que nos emocionou e muito. Após apresentarmos nosso "petit" esquete, um grandalhão pediu a palavra e imediatamente aquele refeitório repleto de homens , num ato pra lá de bonito, deram as mãos para uma prece de agradecimento e pedido de proteção... Comovente. Hoje a mesma cena se repetiu e meu coraçãozinho, que por motivos próprios, anda meio indefinido, pôs-se a chorar...de emoção, de agradecimento por aquele alimento, por saber que aquela gente tem um montão de fé.
Numa postagem dessas da vida desabafei feito uma maluca. Não me arrependo. Tenho em mim essa ilusão do não arrependimento e enquanto esse hálito do mundo estiver na minha cara...vou gritando , escrevendo , falando e respirando o que penso.
Adoro o encontro, as tentativas, o diferente, o comum, o trabalho exaustivo e o leve...sou adaptável a tudo nessa vida, mas não gosto de achismo, não gosto de leviandade, de preguiça, de gente que diz que não é possível, de gente que pensa que é sem nunca ter sido, sabe?
Vou criando a minha existência com insistência e garanto que chego lá. Onde?? Não sei, não demarco espaços, apenas me vou... às vezes com um medo de me perder danado (rsrrsr), mas vou.
Ontem recebi um email que termina assim... "E recomece, sempre que for preciso: seja na carreira, na vida amorosa, nos relacionamentos familiares. A vida nos dá um espaço de manobra: use-o para reinventar a si mesma."... "Quantas coisas perdemos por medo de perder?"...
                                                         
                                                                    
E como sou tinhosa pra caramba vou recomeçando a vida como comecei esta semana...garantindo que será especialmente maravilhosa, que aprenderei com esse trabalho e que estou super me descuidando e por isso estou feliz.
Ah !! Se eu me perder... que você procure me achar... mas me devolva, tá??

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

CIA TRAMPO ARTE

                                                                    

Estou participando de uma semana inusitada. Farei algumas apresentações em determinados canteiros de obra na minha cidade. A empresa que nos contratou é a  Odebrechet.  Apresentamos uma esquete que desperta os trabalhadores para o uso dos materias de segurança e isso é, sem dúvida, algo bastante diferente de muita coisa que já fiz.
É como se a vida, de repente, me oferecesse uma nova chance, uma nova piscadela, um novo respirar... Assim, com esssa sensação, é que iniciei minha "abertura de trabalhos" hoje. Com  algo novidadeiro e excepcional.
Acordei cedo. Cedo mesmo. Com as galinhas, como dizia a minha avó. O trampo começava às 6:00h e , sendo assim, acordei às 5:00 para despertar a minha sonolenta alma com um banho "quase" frio (rsrrssr). Estava me sentindo uma novata no meu ofício. Nunca havia representado para peões em um canteiro de obras e a expectativa era grande. Tudo pode acontecer nesses encontros. Eles podem não dar a mínima para o que você está fazendo, podem rir de você, mas podem rir com você. Para nossa sorte, foi isso que aconteceu... Refeitório cheio e a gente com a tarefa de fazê-los acreditar na importância de se usar os EPIs e de seguir as regras de básicas de segurança.
O trabalho com essa gente simples é muito especial e o bacana é que eles nos fazem sentir iguais e nós os fazemos sentir que isso é verdadeiro.
Já percebi que essa será uma semana surpreendente e cheia de aprendizado, troca e emoção. A energia é , realmente, algo que devemos encarar como providencial. O tempo, às vezes lento, às vezes voraz, nos deixa claro que um dia sempre compensa o outro, que se nos decepcionamos com algo ontem, amanhã poderá ser bem diferente e que cada coisa deixa em nós um recado, um sinal, uma nova possibilidade. Aprendi, hoje , que há ensinamentos dispersos no ar e que com o tempo serei capaz de ler o que realmente eles vieram me revelar.

domingo, 18 de setembro de 2011

MEU GOL DE TAPETE

"A noite da semifinal do III Festival de Poesia de SF foi em grande estilo e contou com a participação especial do ator, poeta e produtor cultural, Artur Gomes, além do show de MPB da cantora Olinda Messias & Banda. Entre os nomes da comissão julgadora, destaca-se a pesquisadora cultural e profª de prosódia do núcleo de teledramaturgia da Rede Globo, Iris Gomes da Costa. Ainda assim, destacaram-se no show de interpretação a campista Adriana Medeiros e o fidelense Eduardo França, que, aliás, teve a responsabilidade de interpretar o único poema de autor fidelense, Carlos Rodrigues que passou para as demais fases.  E a grande final é esperada para este sábado.  "


leoni

Resolvi começar este post com essa informação que se encontra no site acima. Por minha livre vontade decidi participar, como intérprete, do III Festival de Poesia Falada de São Fidélis. Decidi porque achei que tivesse a seriedade que um evento desse implica e, obviamente, pelo prêmio (seria hipócrita em dizer que isso não importava).
Sei que os poemas que interpretei não tinham a força de alguns que lá foram lidos e nem de outros que, embora tenham sido equivocadamente interpretados,eram muito bons no sentido da construção poética, mas isso é minha opinião.
Não costumo sair de minha casa com certeza alguma a respeito de minha participação em festivais. Penso que o melhor disso seja a troca, a conversa com pessoas que tratam do mesmo ofício que você e que o fazem com cumplicidade. Isso eu não vi. Vi uma gente pequena e arrogante que pensa que a sua "petit la ville"  está sendo invadida por um ser que veio descaracterizá-la.
 Já participei de festivais de música, teatro e poesia. Já ganhei alguns, já perdi muitos, já aplaudi , de pé, quem estava disputando comigo tendo a plena certeza de que havia feito melhor que eu, já chorei de emoção e de raiva, já quis discutir com jurado, já vi coisas que até Deus duvida, mas nada comparado ao que vi na  "Cidade Poema" , o que é lamentável, e me faz dizer aqui que foi um festival bairrista e preconceituoso. Um festival que coloca uma gente desrespeitosa entre nobres jurados, uma gente que está insuportávemente fedendo a naftalina.
Estou decepcionada, não pelo fato de não ter ganhado, mas pelo fato da injustiça do resultado como um todo. O autor dos melhores poemas recebeu um prêmio de consolação ao qual deram o nome de menção honrosa... Brincadeira !! Que tipo de pessoa acha que premiar aquele que realmente se destacou é tirar do seu conterrâneo uma oportunidade? Essa gente deveria ficar com a bunda no sofá tricotando ou assistindo ao Zorra Total. Que tipo de gente dá um prêmio de melhor intérprete a um participante que ao recebê-lo assume que não o merecia e que não estava entendendo, ainda, o que aconteceu?
Acordei hoje com muita vergonha de ter participado dessa mentira e espero que alguém leia o que posto agora e entenda que fazer um festival voltado para os conterrâneos é fácil, é só torná-lo local. É só fazer uma festinha ou um sarau, que é mais econômico e garante que a grana circule entre os seus. Quando a proposta é  fazer um evento que seja nacional tem que se assumir que existe uma gente pelo mundo voltada para uma arte que não é apenas literária, mas que  está voltada, também,  para a comunicação, interpretação, emoção e não, apenas , a uma exibição de um achismo ultrapassado.
Não gostei. Não gostei do resultado e detesto festa de confraternização com direito a falsos "discursos fingidos e inflamados" e trocas de presente entre amigos ocultos.
Infelizmente foi assim que ficou resumido ( para mim) o que foi isso que eles chamaram de festival. Uma festinha de confraternização feita com dinheiro público...

PS1: Aprendi a perder com dignidade quando sei que quem ganhou foi, sem dúvida,mais merecedor que eu.

PS2: Tentei "amô", tentei "Gato Véio", mas tinha que desabafar e se, por acaso, alguém achar que é despeito... lamento e digo - pena que você não estava lá-.

PS3: O único poema fidelense do festival ficou em 2° lugar e o Eduardo França não venceu como intérprete.

Das Preta.

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