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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

ASSUNTAMENTO ENCERRADO

                                                                         
Francamente, há coisas que não consigo gostar. Nada contra a quem gosta, mas meu espaço fica mutilado quando, na TV, rola futebol. Meu quarto fica parecendo estádio...uma gritaria que me desconcentra e um monte de palavras que não estou querendo ouvir. Tento ler, mas não consigo. Ouvir música...nem com fone. E o tempo parece estancado. Nunca demora tanto 90 min. Quanta agonia, "môpai"!! 
Aproveito então para responder, ou ao menos tentar, a pergunta que um anônimo me fez depois que leu minha última postagem.
Em primeiro lugar, anônimo, não responderia absolutamente nada a quem não se identifica para mim. Mas, provocativa que sou, posso te garantir que não é puramente "virtual", é meio impossível, mas real- acho- e só diz respeito a mim. Só a mim. Deve estar pensando que estou nervosa, né? Tô não. Apenas não entendo a covardia que habita uma pessoa fazendo com que essa não se assuma.
Em segundo lugar vou tentar aliviar a sua curiosidade em algumas perguntas que postou. Sim, gosto muito de viajar. Prefiro sal a doce. Vinho tinto, noite e dia, mar, sol, lua, beijo na boca mais que dedos, ou dependendo dos dedos, os dois. Não suporto vulgaridade, mas não sei exatamente pra você o que seja isso.Sexo com quem escolho, sem culpas depois e com a sabedoria de quem sabe no durante que não será um passatempo depois. Gosto de pé no chão, música, música e poesia. Alguns, pois não sou Roberto Carlos pra querer ter um milhão de amigos.Amo minha família, embora tenhamos nossas diferenças. Espírita, não por uma ideologia que consola, mas por fé.Gosto de dormir com a cabeça leve, de jogar fora as ilusões, de permanecer calada quando esperam que eu grite, de meias nos pés, batom vermelho, saltos altos, caranguejo, muito caranguejo, sorriso sincero, saudade matada, do meu lado infantil, da minha personalidade mulher, da minha capacidade de acordar todos os dias vendo as coisas com mais otimismo do que impossibilidades, de Atafona- minha Paris-. No momento? do moço que não é, nem poderá ser o que pensa que é , mas me faz, de maneira encantadora, imaginar que sim. Gosto de samba, clássica...música digna. Chico Buarque- não há outro igual- Lenine, Djavan, Vander Lee, Bethânia, Nana, Led Zepelin...um monte!! Fernando Pessoa e Clarice Lispéctor. Gosto de cuidar, de quem cuida de mim, de quem abraça meu filho, pois beija a minha boca. Gosto muito de gentileza, de quem quando desafina- na vida e na canção- pede perdão, do segundo da voz dele do outro lado do telefone como se estivesse aqui, consideração, carinho, massagem nas costas, riso, verdade nos olhos e por fim ...doce de nozes- único que como sem enjoar-.Gosto do meu humor, não guardo rancor...Isso dá câncer! Ler um bom livro, sentir e dar prazer, ir ao cinema, amar sem pressa e sem a estupidez de imaginar que isso é pra sempre. Ah!! De mim. Gosto um bocado de mim, mas detesto gente que não se revela e fica querendo me decifrar...
É o que tem pra hoje! Chega! Assunto encerrado!

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

CUIDA BEM DE MIM




Depois de mais um dia de muita labuta, paro para questionar, a mim mesma, que tipo de conspiração é essa que estamos vivendo desde o fim da semana passada. Estavas certo quando disse que do dia em que nos conhecemos até o sábado nunca tínhamos ficado tanto tempo sem nos falar. Parece que a saga continua. De um lado você tendo que administrar seus problemas, do outro eu meio sem saber como te contar os meus. Os tenho. Claro que em proporções diferentes, mas os tenho. Um deles é que tentei diversas vezes te contar algo que está deixando aflito o meu pensamento, mas que preciso te contar. Tenho essa mania de querer ser franca, - pensei na palavra honesta, mas não seria pertinente- de dizer o que se passa pra quem divido o que sinto-??- . Bem, vamos ao que, de fato, me leva a essa necessidade de escrever, falar- tá difícil-.
Há alguns dias estou dormindo com uma pessoa. Aliás...dormindo não é a palavra certa, pois passo a maior parte da noite em claro- o que está me deixando com olheiras e não gosto nadica de nada disso- . A presença dele é como se existíssemos juntos, próximos, bem antes de nos termos visto. Peço desculpa pela minha ousadia, peço desculpas a mim... Mas o cheiro dele é algo que me enlouquece e que fica em minha memória por todo tempo e até a mania de estalar ossos faz música para meu riso e me deixa nervosa, crê? Nem sequer permissão me pediu para ficar e ser tão íntimo assim, mas está, e gosto disso. Faço com ele coisas que nem pensaria...fumar na cama? Nunca. Mas me permiti com ele. Rir de tudo a todo tempo, conversar horas a fio, olhar no olho, ficar “bobo”, tudo nos é possível... Durmo com ele todos os dias, ou ele é quem dorme em mim? Já nem sei. Tenho vontades adolescentes de estar perto, de andar despreocupada, de planejar coisas que não teremos. Enquanto penso não durmo, não concentro, vou apenas afiando minha escrita. Será que ele existe para meu primeiro romance? Acho que encontrei o mote para escrever um. Já que não durmo escrevo, enquanto escrevo penso, e quanto mais penso mais o quero, e quanto mais o quero mais o desejo, e quanto mais o desejo , mais escrevo e o construo para mim exatamente como ele é , expontâneo, assustadoramente expontâneo e "quase irreal". Ele dorme comigo todos as noites e acorda comigo todos os dias,   e me ri de um jeito que só as pessoas anuviadas fazem. Tomara um dia esse homem me levar pro Sana e me deixar ser, de novo, mulher em sua cama. Tomara mais um dia, a gente por aí, sem promessas, sem estreia, mas com datas de ensaios lindos pra poder nos encantar.

“Cuida bem de mim/ Então misture tudo/ Dentro de nós.”

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