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terça-feira, 17 de maio de 2011

DESABAFO

Quando a noite parece ter sido interrompida e o lápis da manhã não colore de maneira avassaladora o dia que surge, sinto um aperto nas entranhas e uma coisa que vai me mapeando. O nome disso é angústia. É também reflexo da insônia. É também uma certa raiva misturada com saudade. É ainda mais a saudade que sinto não do outro, mas de mim, do que fui e do que pensei que pensei que era. Fico muito jururu quando me decepciono, mas viver é isso também. Não é de um ombro amigo que reclamo. É de falta de cumplicidade. É de poder confiar sem fazer restrições...Sinto falta do raro que se foi e que deixou em mim esse gosto tão vil e me colocou nessa postura de: pelamordedeus o que é que eu não fiz??
Tá uma bagunça no todo do meu tudo  que dá medo.Tem sentimento correndo dentro de mim feito égua no cio... desembestado.
Pra completar ,de madrugada,numa insônia delirante acabei folheando o País das Maravilhas e brinquei,por aluguns minutos de Alice... ou de Cheshire?
Fica um tantin dele procê e uma esperança dela em mim.

                                                                           
-- Gatinho de Cheshire... podia me dizer, por favor, qual é o caminho pra sair daqui?
-- Isso depende muito do lugar para onde você quer ir - disse o Gato.
-- Não me importa muito onde.. -- disse Alice.
-- Nesse caso não importa por onde você vá, quando não se tem para onde ir, qualquer caminho serve -- disse o Gato.
-- ... contanto que eu chegue a algum lugar -- acrescentou Alice, como explicação.
-- É claro que isso acontecerá -- disse o Gato -- desde que você ande bastante.
-- Que espécie de gente vive por aqui?
-- Naquela direção -- disse o Gato, apontando com a pata direita -- mora um Chapeleiro. E naquela -- acrescentou, levantando a outra pata -- mora a Lebre de Março. Visite um ou outro, tanto faz, ambos são loucos.
-- Mas eu não quero me encontrar com gente louca -- observou Alice.
-- Você não pode evitar isso -- replicou o gato.-- Todos nós aqui somos loucos. Eu sou louco. Você é louca.
-- Como sabe que eu sou louca? -- Indagou Alice.
-- Deve ser, -- disse o gato, -- ou não teria vindo aqui.

Lews Carol bate em meu rosto essa verdade tão simplória do viver: ser racional não émuito produtivo, ser normal não dá troféu a ninguém...é preciso ter asas e manter os pés a uma pequena distância do chão. Pra viver é preciso um pouco de ilusão e um tantin de fantasia - que são diferentes- .
Poder ir rumo ao desconhecido sem temer os percalços e ser um tanto louco sim...pelo menos de vez em quando,pois toda exigência de retidão requer muita habilidade para apagar desabafos...
A loucura ,o amor e a busca estão em nós em forma de desafio, em forma de experimento,em forma de decisão.

Um dia de resoluções para nós.



... E MEUS AMIGOS,CADÊ??

                                                                                  

Oiê !!
Tô meio esquisita. Sei que hoje terei um encontro (ou embate?) não muito legal com alguém que se diz "meu amigo". Socoooorrrooooo !! Deusquemealivra desse tipo de gente!!
Preciso escutar minha mãe. Já reparou que elas não erram quando diz respeito a conduta do outro? Minha bruxa (mãe) boa,  bem me avisou que não era pra eu acreditar muito... Tá certo. Errei de novo, mas dessa vez vou conversar. Dessa vez vou mostrar que a vida não se ganha no grito. Vou ter que provar que o tempo é um projeto traçado no topo do mundo e não feito o por "nós". Ele é tão pessoal que qualquer um que me conheça um pouco perceberia.
Fico me perguntando como as pessoas tem a cara de pau de  criar disfarces para destacar seus feitos e acabam se apropriando de algo que não é delas e ainda faz um convite para que você participe de algo que é seu.
Infelizmente esse fato deixa claro que preciso escolher melhor  os orgãos pra onde envio meus projetos. Deixa claro o porquê deles serem tão raros e eu estar me tornando cada vez mais seletiva. Me fez lembrar o maravilhoso Oscar Wilde e por isso deixo pra vocês um tantin dele que é uma parte de mim...
No fundo, no fundo acredito sempre no outro e acabo o elegendo como "meu amigo" sendo ele  a representação de orgão ou não. Tem pupila ?? É humano... Acho.



Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a “normalidade” é uma ilusão imbecil e estéril.



Sobre o autor:

Escritor irlandês, nasceu em 16 de outubro de 1854 na cidade de Dublin. Wilde escreveu para todos as formas de expressão em palavras, embora tenha sido menos conhecido em algumas delas. Em seu único romance, O Retrato de Dorian Gray, Oscar Wilde trata da arte, da vaidade e das manipulações humanas e é considerado por muitos de seus leitores, como a sua maior obra-prima.

Que a paz me guie.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

POESIA .

Eu


Não sou do tipo
Que entrega
Os pontos...
Apronto
Uma outra história
Sorrio pros dias tristes
E os felizes
Ignoro
Não sou dessas
Que o mundo diz:
Não presta
Tenho na alma
Frestas
Preparo sempre
Meu espírito
Minha carne é deslavada
E no fim
Do meu “aonde”!
É sempre algum princípio.

das preta.

OS HOMENS SÃO DE MARTE??? BLÁ, BLÁ, BLÁ !!

                                                                        

Gosto de monólogos.Gosto tanto que já fiz dois e sempre que aparece algum corro pra assistir. Sou dessa gente que junta dinheirinho para ir ao Rio assistir shows,exposições, espetáculos teatrais e outras
"coisitasmas". Nunca consegui assistir ao espetáculo da  Mônica Martelli, pois ou estavam esgotados os ingressos ou era na Barra. Se era na Barra não rola por que Barra não é Rio. Barra é Barra e fica depois do meio dia de sol na madrugada. Detesto a Barra , mas isso é papo para outra postagem.
Enfim. Fui ao teatro no sábado, aqui mesmo na minha Brogodó, para ver o tal "homens de marte". Gostei muito não. Talvez um tantinho de despeito por eu ter um monólogo (modéstia parte) tão bom quanto.Aí fiquei pensando no quanto a vitrine do "plim plim" é importante para a propagação do que quer que seja. Fiquei pensando, também ,na gente da minha terra que valoriza o produto de fora em detrimento do seu. Fiquei pensando, pensando e decidi que farei da minha Campos uma Vênus e em breve invadirei algum palco da cidade com meu "Blá,Blá,Blá" e quem sabe dessa forma eu consiga convecer o público de que a arte não se define por artistas de fora, mas pelos que tem ou não talento.
Sem mais blá, blá,blá... E as mulheres, são de Vênus ??

SARAVÁ !!!

Passei parte da semana que passou tentando postar alguma coisa. Não encaro o blog como uma obrigação. Acho uma bobagem daquelas ficar escrevendo sobre coisas que não tem muita importância para mim ou sobre aspéctos que não interessam a ninguém, mas tenho, preciso e , mais que isso, quero contar do meu fim de semana cultural.
Adoro música. Adoro música brasileira. Tenho reservas, apenas, com o que chamam de forró (pra mim não é) com funk ( pelo apelo sexual) e algumas sertanejas que ,pelamordedeus, parecem uma gritaria inexplicável e as letras ...thisc,thisc,thisc...nem-nem.
Bem, o fato é que fui assistir ao show das "meninas" do Quarteto em Cy. Mais que um show,na minha opinião, uma lição de vida.Vê-las no palco com uma energia soberana é ,no mínimo, emocionante.
Elas brincam no palco, tornam a vida uma cumplicidade eterna e nitidamente fazenm do seu ofício um estado de férias. Como é bom fazer o que se gosta. Como é bom ter de presente esse respeito ao repertório tão diverso de nossa cultura. Como é bom ir ao teatro e ver algo que não seja digestivo e superficial.
Saravá ,meninas...Saravá!!

                                                      

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