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sábado, 29 de dezembro de 2012

LUZ NEGRA


Talvez esta seja minha última postagem do ano que se finda. Talvez não. Talvez o ano nem termine...talvez eu traga as mesmas dúvidas que você. Talvez não. Os próximos dias serão iguais, feitos de dúvidas  e de razões, de esperanças, insônias, inquietações e achismos. Escrevo e escuto Dolores e suas dores, Nelsom Cavaquinho e seus apelos de amores pra serem esquecicidos.Há uma súplica em ambos que me entristece por tamanha beleza..."ninho de amor vazio" dói, mas nos faz ter a certeza de algum instante ocupado e possíveis futuros/presentes guardados. Escrevo, leio, faço outras coisas enquanto isso e dentro disso rio e choro me despedindo dos dias do ano que se vai e vai... e fica em mim a certeza de que muito ainda não mudou, muito ainda é ressaca, muito ainda é fantasia por vir, muito é muita de muita saudade que, se fica, é porque foi presente.
Sinto-me introspectiva olhando a cara dos dias que se foram. Gosto desse momento meu de solidão e compania de mim para mim, mas me dobrei aos instantes que me foram ou me eram sem que nunca tivessem sido de fato, saca? Uma certa ironia do destino que traçamos e que alguém nem viu. Há algo no fim do ano que me remete ao meu dentro que já "tá por fora" para muitos e , ainda assim, me vou para a próxima temporada de competições, desilusões, pois a vida, também , é feita desse tipo de atropelo e /ou afago que trago no meu intervalo de vida.
Preciso enfrentar a piaração dos dias futuros. Preciso ser artista no palco, realista na vida e eu mesma nos dois lugares. Trabalho hercúleo, acredite, pois há em mim mulheres que só eu conheço, não porque me escondo, mas o outro nem me dá tempo de me conhecer devido ao fato de que quer muito , mas sem o trabalho da conquista, do desvendar, do aprimorar , do se afinar.
Hoje , mais que sempre, mais que nunca estou desenhada de música e , acredite, a melhor de todas delas.
Deixo pra você o que me invade, o que me faz calar.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

LEVE COMO UMA MENINA

                                                                                                                                           
Há tempos eu e uns amigos nos reunimos no dia 27 de dezembro pra a nossa virada de ano, pois sabemos não ser possível fazermos isso juntos no dia 31. Hoje foi mais uma vez especial. Grussaí estava linda!! A lua clareava de tal forma a beira mar que dispensava fogueira para o nosso encontro.Estávamos emocionados e sensíveis com tudo que nos era, ali, revelado de maneira simples, porem sublime, entende?
 Nunca fui um ser que acredita na capacidade de lidar com a vida de maneira solitária- dá pena ver gente assim-, gente que centraliza, defende como seu o que é do coletivo. Nesse nosso encontro- de almas- fazemos uma retrospectiva do ano que se finda, agradecemos pelas coisas conquistadas e repetimos pedidos que não nos foram aceitos e invocamos, coletivamente, amor, saúde, prosperidade e trabalho- para que possamos realizar sonhos de consumo, pois não há outra forma de conseguirmos.- Depois dançamos e rezamos as orações que nos foram ensinadas desde pequenos e que, com o tempo, ganham a força que precisamos. Aproveitamos e comemos frutas para manter o corpo em sintonia coma alma e por fim nos abraçamos e desejamos que a luz esteja com cada um de nós diariamente.
Acabei de chegar em casa com o espírito leve e fresco como de uma menina. Cheguei em casa pensando em tudo que conversamos, nos amigos que não estão mais comigo e que se foram pra terra do encantado e em tudo que vivi até aqui. Enquanto escrevo um filme passa em capítulos na tela de minha memória e eu descubro o quanto a vida está sendo generosa comigo que quase deixei de crer que fosse possível encontrar alguém que enetendesse meu silêncio e minha intenção, que não parece ter a estranha mania que tem as pessoas de querer nos modificar. Que também  busca o outro, o diferente e não o próprio  reflexo. Eu confessso que busco o leve, o espontâneo, o carinhoso, o viajante, o garoto, o que não veio com uma fórmula, que respeita meu relógio emocional e jura sentir saudades de mim e dorme junto comigo, dividindo travesseiro, e que chegou rápido e está...
Agradeci muito por tudo, mas sobretudo agradeci pelo meu encontro comigo, pela minha relação com meu filho e família, pela beleza que são Pedro e Mariana e pela fidelidade do meu irmão. Agradeci pela sua aparição em minha vida, Preto, pela nossa troca e calma, pela nossa espera e vontade de tentar. Agradeci aos amigos- raros- que tenho e pedi perdão por me deixar enganar vez ou outra, mas aprendo com isso. Agradeci pela vida que é exatamente como construímos e ao meu incansável coração que teve a chance de se encantar mais uma vez.
Feliz 2013!

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