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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

SOMBRAS, APENAS.




As palavras têm andado por aí
Eu já li e sei.
Pelos teus olhos elas me olham
Passageiras,
Libertas das mulheres
Que se acumularam em mim
Mulheres que, sem que você perceba,
Venho noite e dia te mostrar.
De repente invento histórias
Visto-me de suspenses
Transito entre o real e o imaginário
E te ofereço, destemida, marcas de nascença
Jamais expostas
Jamais despidas
-Uma fase madura que se atreveu no ego-
As palavras em mim
Descem escadas,
Buscam o impossível,
Habitam sótãos
Que recheados de ideias
Invadem o cérebro e 
Modificam toda a mobília da sala
As palavras, saídas de mim,
Querem te convidar para
Furtivos encontros,
Bares inclusos,
Cinemas ordinários,
Paradisíacas paisagens,
Variados quartos de Motel.
As palavras, presas em mim,
Emancipam febres,
Inventam antigos desejos
Para as pontas dos teus dedos
Que libertam gozos ardis.
Preciso te mostrar, com palavras,
Meu cansaço,
Minhas vitórias,
Minhas armas e escudos,
Minhas mentiras e verdades,
Meus medos "passarinhos"
- de asa quebrar- liberta que sou
Preciso tirar os sapatos,
As calças,
A camisa e
Longamente te mostrar
Os pecado que, em nós,
O mundo cintila...
Mudos talvez sejamos,
Irremediavelmente,
Ridículos.
Olhados, de perto, 
Talvez sejamos estúpidos.
Vistos, por dentro, 
Talvez etejamos por fora.
Talvez sejamos frágeis e perecíveis
Talvez as palavras, apenas elas, tenham intimidades
Talvez sejamos
Chuva,
Vinho,
Poça ou
Rio...
Quem sabe no mar...
De palavras
Em ondas fotografadas
Sejamos sombras 
Cúmplices, apenas,
Como certas estrelas 
Que ,de longe,
Sabem-se vagarosas no andamento,
Passionais na transição,
Enlouquecidas na órbita e ébrias de sedução.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

MEU COLO,UM VINHO. TUDO QUE TENHO PARA TE DAR.

                                                              

Nada pode fazer um dia transcorrer perfeito quando a perfeição buscada não é aceita. Trabalhamos em uma cidade que descansa quando o assunto é superação, mas não podemos perder o nosso refinamento e nossa ousadia pois não nos deixamos cair no angu que eles cozinham evento após evento.
Saia do reduto, aposte em você e torne sua pesquisa e desejos em algo itinerante.
O que me incomoda é a falta de respeito conosco, sempre. O que me chateia é não receber, com raras excessões, o mesmo tratamento que recebem meus colegas cariocas, paulistas ou sei lá de onde chegam. Sou cosmopolita, baby. Sei que incomodo por saber chorar sem deixar inchaços no rosto. Choro por dentro, como você fez no instante em que me sacudiu e, me fez lembrar do Caio Fernando Abreu em um trecho mais ou menos assim..."Quero colo, quero beijo, quero cafuné, abraço apertado, mensagem na madrugada, quero flores, quero doces, quero música, vento, cheiros ... quero parar de me doar e começar a receber." Sei que ficamos esperando uma troca quando estamos ávidos dela e cheios de razão, sei que sabemos que podemos entregar para uma comunidade um pouco de conhecimento e beleza e olhares outros, mas não sabemos, ainda, como direcionar pessoas tacanhas, sem personalidade ao que entendemos como realização coletiva... fazer o quê?
Há possibilidades pra quem não envelhece a alma. A minha é um feto e ainda guarda o instante que lhe foi concebido a vida...o gozo. É disso que temos que envelhecer...de nos saber capazes de como Fênix renascer das cinzas.
Amanhã passa, sempre passa e aí..."Sabe, eu acho que não sei fechar ciclos, colocar pontos finais. Comigo são sempre virgulas, aspas, reticências... eu vou gostando... eu vou cuidando, eu vou desculpando, eu vou superando, eu vou compreendendo, eu vou relevando, eu vou... e continuo indo, assim, desse jeito, sem virar páginas, sem colocar pontos... e vou... dando muito de mim, e aceitando o pouquinho que os outros tem para me dar". Mas o problema é que pouco EU já não quero mais.Então ofereço o que posso em colo, palavras e vinho...o resto? O resto, sei lá.



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