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sábado, 20 de agosto de 2011

DIA DO ATOR

Ontem foi dia do ator. Eu nem sabia que existia!... Mas tá bacana! principalmente porque passei parte dele ensaiando, pagando mico, buscando acertar, tendo crises de "paniquet" e outras tantas coisitas.
Na semana passada fui entrevistada por Sérgio Mendes, Cristina Lima e Robinho no programa Avesso do Avesso e na ocasião disse que o grande barato de ser atriz é poder ser um montão de gente. O grande delírio é poder dar vida as várias almas que transitam por aí dentro ou fora de nosso templo... Posso ser tudo e ter o que quiser quando assumo uma personagem. Posso ser puta, doida, virgem, médico, rica , pobre...tudo, tudo e mais alguma coisa que cause incômodo ou prazer.
Estou ensaiando "A Dama do Encantado" que é uma homenagem a Aracy de Almeida. Ando meio doida com isso e acho que de vez em quando ela dá uma encostada em mim e eu gosto de saber que isso acontece, mas tenho um medinho e aí lembro do Lulu Santos quando canta..."Não leve o personagem pra cama, pode acabar sendo fatal..." e pronto...desço do palco e me sacudo (rsrrsr).
Racebi da Auci um texto do Calonni e deixo para vocês. Deixo na intenção de que entendam um pouco esse meu jeito meio despassarado. É que sou atriz. Por um triz seria só uma pessoa comum, mas sou atriz...Goste você disso... ou não.

















" Ser ator é realmente uma profissão de maluco, fascinante. A poética do ridículo, o brincar de faz de conta, o infindável universo onírico infantil e a tremenda cara de pau fazem com que os atores encantem - pelo seu poder de transgressão, pela sedução, pelo poder de conscientização, pela capacidade de simplesmente entreter e pela mágica de poder ser quase todo mundo - aos que os assistem e sonham junto com eles.

Lemos Diderot, Stanislavsky, Grotovsky, Maierhold, D. T. Suzuki e uma infinidade de outros livros (todos fundamentais). Ouvimos muita música clássica para apurarmos nossa noção de ritmo, de cor, de intensidade. Ouvimos samba, pagode, MPB, música sertaneja e o diabo a quatro, graças ao bom Deus. Graças a obrigatória falta de preconceito para ver e viver a vida como ela é (obrigado, grande Nelson!) e poder reproduzi-la, e, melhor ainda, recriá-la como uma pintura, que quase sempre é mais rica do que uma foto. Vemos (com o corpo inteiro) pinturas de Bosch, Goya, Velásquez, Max Ernst, para tentar compreender alguns mistérios da vida, para provocar nossos sonhos, ou, para nada. Só para ver mesmo. Que bom!
Conversamos com o Zé que vende coco no quiosque da praia e notamos um gesto diferente, um ritmo novo, outras possibilidades de comportamento e de comunhão com a vida. Observamos sem pensar. Viva o Zé! Precisamos dele. E depois colocamos uma armadura e dizermos que somos cavaleiros da Távora Redonda, dizemos que somos bons, que somos maus, que somos bons e maus, que somos gente. É uma profissão que deveria se iniciar logo que a pessoa começasse a falar e a ler, e terminar no início da adolescência, já que os adolescentes têm verdadeiro horror a pagar mico. Mas não, o maravilhoso complexo de Peter Pan nos acompanha pelo resto da vida e passamos a nos comportar como crianças relativamente adultas. E aí entra a poética do tempo que estará sempre a nosso favor.

Fazer um bom trabalho de ator é sempre muito arriscado, mesmo que o personagem seja comum, simples, cotidiano. É mais arriscado ainda. É raro, mas acontece de ver um ator dizendo que está arriscando quando na verdade está fazendo um trabalho histérico e fora da medida. No caso de uma novela, geralmente as pessoas se acostumam e até passam a gostar. O erro faz parte do show, eliminá-lo é impossível, diminuir a margem de erro através do estudo, dedicação, e, principalmente, leveza e bom humor, talvez seja o melhor caminho. Cada um escolhe o seu.

É uma profissão generosa, democrática e acolhedora. Qualquer um pode ser ator, basta saber falar, andar, ler e ter o juízo mais ou menos perfeito. Todos têm direito a tentativa e ninguém tira o lugar de ninguém. Fazer um bom trabalho de ator, permanecer digno praticando o ofício já são outros quinhentos, não é para qualquer um. A consciência de que somos inevitavelmente precários por sermos humanos pode ser um grande estímulo para fazermos trabalhos grandiosos. Viramos heróis, mendigos e uma infinidade de outros
personagens para, entre outras coisas, vencer a morte (êta coisinha incômoda). E, no final, conseguimos rir de nós mesmos.

Quero, por fim, agradecer aos meus nobres e loucos companheiros atores por percorrerem esse caminho inventado e que aumenta a vida, o prazer e o sonho. Quero agradecer aos grandes atores que já superaram o estágio dos adjetivos e conquistaram a liberdade plena da criação. Qual o adjetivo para Fernanda Montenegro, para Laura Cardoso? Quero agradecer também aos que estão começando, aos que estão terminando (se é que isso é possível) e aos que estão por vir.

Sou ator, acho que isso quer dizer alguma coisa."

terça-feira, 16 de agosto de 2011

TÁ CHEGANDO ... VAI LÁ,VAI...

                                                                             

A contagem para a minha apresentação no SESC é regressiva. Cada dia que passa fico mais entusiasmada com a voz, postura e vida da "Dona Araca".
Estou tendo o auxílio luxuoso de Fabinho (violão e voz), Renato Arpoador (percussão) e Rafhael (clarinete).
Meu trio de ouro prepara uma emocionante surpresa para a nossa apresentação no dia 26 de agosto às 20:00h.
Para todos, que como eu, a via um pouco como uma personagem de desenho animado, sem passado, sem futuro. Apenas aquele traço rascunhado e pintado a nossa frente cumprindo, apenas ,aquela função congelada..Vou dar 10 paus !
Por isso essa interessante figura sempre me intrigou, sempre me interessou, sempre mexeu com a minha curiosidade, imaginação, fazendo com que eu uma criança inventasse uma vida para ela. Muitos de nós em nossa imaginação devemos tê-lo feito. Poucos de nós, brasileiros, devem tê-la conhecido de fato.
Ao deixar essa minha brincadeira de lado eu estendendo minha mão e mente para ser apresentada a ela, ao que era ela, de fato, fosse ela quem fosse, pois já me parecia ser tão fascinante que acabei descobrindo que essa mulher cruelmente exposta e congelada em nossa lembrança em rede nacional, como ser humano intratável, desglamorizado e de maus modos era, realmente, como desconfiei, um ser fascinante.
Aracy  também é do chora, chora que passa em 20 de julho teve um derrame e se derramou... Depois de tantos "Adeus", a tantas gentes que tiveram tanta importância em sua vida  agora é ela, para ela que o vento teve que mudar e fica na minha memória Aracy. "Escreve aí Aracy com Y que fica mais bacana."

Te espero lá !

LOUCO X RACIONAL

Ainda continuo no meu diálogo virtual. Nem tão virtual assim. Ganhei abraço do moço poeta e um monte de passarinhos decidiram fazer ninhos em meus cabelos depois disso.
Escrever é um exercício muito doido e bom. Escrever com liberdade é melhor ainda. Ter de volta o alimento para uma nova escrita é luxo que não tinha há muito.
Bom para mim e torço para que esteja sendo asim para você que nos lê.

LOUCO

"Os livros na estante já não tem tantas promesas"
Linhas da música do Herbert Vianna, Mensagem de amor.
Qual mensagem eu poderia passar para vc hoje?
Quantas notas eu teria que compor para te fazer uma bela música?
Por onde tenho que começar para encontrar teu verdadeiro caminho?
Será que sou um louco não compreendido?
Ou apenas uma fumaça se perdendo no redemoinho do deserto?
Os loucos também amam... na sua maneira.
Os loucos não fazem promessas... são a promessa.
Sou louco sim, e venho a cada dia enlouquecendo mais.
Não tenho medo do tempo, nem do vento... sou dos temporais.
Minha alma é rebelde e envolve pensamentos e desejos.
Sou silencioso e profundo, escuto vozes que não vejo.
Sou diferente, e quando me olho ao espelho minha alma sai de mim.
Apenas expresso um sorriso e minhas lágrimas querem um forte abraço.
                                                                                                               J.S
                                                      

    RACIONAL
                          
 Quando questiono muito... emudeço
  Quando emudeço...me isolo
  Quando me isolo....ensurdeço
  Quando ensurdeço...me acomodo
  Quando me acomodo...calo respostas
  E ,assim, envio meu cantar... sem acordes.
  Acordada me refaço para um novo grito
  Me misturo entre gentes que nunva vi
  E procuro dentro de mim outras perguntas
  Para caladas respostas que ecoam em meu interior
  Como um desabafo
  Abafado
  Assombrando indecifráveis sonhos...
  Só um louco me compreende no meu deserto 
  Só os loucos amam as minhas promessas,
  Encontram meu oasis
  E silenciam, em fim,
  Esse novo /velho engano
  Que outra vez habita em mim
  Depois de atravessar mais um oceano.
PS: Acho que sou o mar...     
                                                                                                                                                                                     

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

TÔ RESPIRANDO...TÁ DOENDO...


As coisas em mim não estão em harmonia. Lamento quando fico assim. Lamento não saber a real causa de estar assim... Sou uma pessoa que não esconde o que sente e não possuo meias palavras. Detesto meias palavras,detesto gente que se dá pela metade, detesto gente que come pelas beiradas...são covardes e se julgam prudentes.
Estou azeda. Estou muito azeda e nem deveria estar assim, mas estou e ponto. Pronto, já falei.
Sei que não é sensato encarar o mundo como uma onda que podemos previr pra onde vai, mas caracoles!! nos últimos tempos minha história parece mais uma tsunami...Tô precisando de uma marola, de um desvio de vista , de uma nova terra à vista, de um beijo demorado. Acho que tô carente.
Já percebeu que parece ser proibido assumir isso? Já reparou que fica todo mundo com cara de família Doriana fingindo que tudo está cremoso? Meu bem... lamento muitíssimo te dizer que sou e estou humana. Sinto tudo e verbalizo de tudo e exijo, exijo, ouviu bem? Exijo que "respeitem e muito as minhas lágrimas e ainda mais minha risada", pois estou no mundo exatamente para isso...me divertir, amar, vibrar, questionar, morrer de vez em quando e tentar...apenas tentar te entender.

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