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sábado, 10 de setembro de 2011

DOS ENCONTROS

                                                                       

Nunca consegui entender o fato de algumas pessoas não saberem ficar sozinhas. Não consigo entender porque a própria companhia parece não acomodar os sentimentos e quando o outro, seja por qual motivo for, não deseja mais estar na pulsação, o mundo parece ter ficado ímpar.
Acostumei-me comigo desde  há muito e não sofro nada, nada com isso. Tenho uns amigos que dão risada e dizem -Não é opção tua, não , é opção do outro...- e talvez, até, tenham razão , e daí? 
Penso que não podemos sacrificar nosso fôlego por causa de nada ou ninguém. A vida já se encarrega de nos depilar alguns pêlos que nos são necessários, mas não podemos deixá-la fazer isso com o nosso amor próprio. Quando digo amor próprio não estou falando de uma coisa  piegas e egoísta, digo de um amor que constrói uma novidade em si mesma, que está preparado para desilusões e que sabe que a vida só tem graça quando o demais é menos e quando qualquer coisa por mais significativa que seja não vale mais que as possibilidades futuras.
Hoje a gente pode estar só, como estou agora, mas não estou ímpar de mim. A minha condição de solteirice não impõe um processo de solidão, nem me deixa desorientada ou contraída. Minha condição de solidão  não inpede meus afetos, minhas novas e rápidas paixões, meus ais, meus mais novidadeiros encontros. E aí, estava eu distraída pelo show quando num esbarrão encontrei um olhar teu que roubou e rapidamente devolveu uma aventura a mais e me deixou assim... zonza e em paz, diante daquilo que poderá ou não acontecer.
Aqui estou eu ,de novo, pronta pra um outro começo e ainda acompanhada de mim.
                                             

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

BRASOV

Acabei de chegar quase agora. "Dijahojinha", como dizia a minha avó. Assisti uma apresentação inusitada no SESC. Trata-se da Banda Brasov. Essa banda faz um som diferente, recheado de humor e de um repertório incrível que faz você rir e apurar os sentidos em cada sopro , em cada acorde.
A primeira vez que escutei essa banda foi no programa Altas Horas... ri tanto que pensei que fosse acordar toda a casa. No palco havia seis meninos com uma vontade enorme de se divertir, que despertava em mim uma vontade enorme de estar junto com eles.
Pois bem, os meninos estiveram em Campos e Campos nem soube disso. Fico me perguntando onde estão e pra onde vão os músicos dessa cidade que deixa passar um show como esse, fico curiosa de saber o porquê do discurso interminável de falta de agenda cultural na cidade. Não falta agenda, falta platéia. Issso é lamentável.

                                                                        

EU TE AMO

A postagem que começo agora vale por ontem e hoje.
Ontem acordei por volta das 8:00h da manhã, mesmo depois de ter encarado duas festas de aniversário. A primeira da minha irmã e a segunda do Lolo, meu amigo de muitos anos e dono de um simpático bar da cidade. O dia estava simplismente lindo e eu tinha que fotografar o desfile de 7 de setembro. Tinha, mas não o fiz. Não resisti ao convite que o sol me fazia e pulei da cama decidida a ir para Atafona. Precisava de um banho de mar, um papo amigo, uma longa caminhada. Ainda pensando em como ir, em que casa  ancorar bolsa com algumas coisitas que me são inseparáveis, escuto meu filho perguntando da mesma maneira que perguntava quando era ainda muito menino- Posso ir, mãe?- Não me contive e sorri do jeito fanfarrão que ele ainda guarda dentro dele e  respondi que sim, mas que seria prudente ter um porto para ancorarmos nossas coisas...
Acredita que enquanto conversava com ele o celular tocou e era uma amiga me fazendo o sagrado convite para passar o dia em Atafona?
Você é uma bruxa, mãe!! E eu ri pela segunda vez num breve intervalo de tempo.
Durante o pergurso que faço em qualquer estrada aproveito para ler um pouco,mas ontem não. Ontem eu queria sonhar enquanto estava no trânsito. Na minha mente veio minha "mais maior" amiga e uma saudade gorda preencheu meu suposto vazio. Ri novamente e percebi que sou um ser de muita sorte por ter tido a companhia dessa pessoa em minha vida.
Chegamos em Atafona, conversamos um pouco e eu fui com um novo de amigo dar uma volta pela praia, a pé, quando de repente passa um carro e o motorista coloca a cabeça para fora e grita:" Negão, eu te amoooo!! " Eu ri mais uma vez naquela manhã de sol por saber quem era. Pouca gente me chama assim de "Negão". Dessa vez tive que explicar o porquê desse apelido. Tudo bem ,mas o que o novo amigo queria entender era como as pessoas dizem " EU TE AMO" assim de forma tão natural e simples. Eu disse:- não é natural? Digo eu te amo sempreque me sinto motivada para tal. Tive uma amiga que me ligava todos os dias pela manhã e me dava um sonoro bom dia acompanhado de um vibrante "Euteamo",assim mesmo, tudo junto. Apredi com o tempo que as pessoas não dizem essa frase por imaginarem, erronhamente, que isso seja um pacto... Eu te amo hoje e nem te conhecia ontem e posso acordar amanhã sem sentir isso. Eu te amo não é promessa de "pra sempre", eu te amo é troca, é afeto. Eu te amo não pode ser dado apenas pelos amantes.Eu te amo é do universo humano, é da causa e do efeito, é do entendimento do amor. Eu te amo é do respeito, é de filho, é de irmão, é de cão, é do espírito... e me lembrei que dias desses querendo escrever sobre o império dos sentidos não achava qual seria e descobri , bem ali, na beira da praia que é o desejo. Sim o desejo que pode se tornar amor ou o amor que é só desejo, mas que é imperioso sentir.
Voltamos para casa depois de mais um bocado de assunto sobre amor, desejo, comida e tudo o mais que dá prazer.
Voltamos pra Campos e no portão de minha casa, depois de descer do carro , ele me pede o n° do meu celular e depois de trocarmos os números ri uma vez mais e lá, bem lá no fundo pensei em dizer um risonho "Eu te amo", mas não o fiz.
Hoje fui despertada às 6:00 h da manhã. Celular em minha cabeceira e eu completamente cega não reconheço o n° e atendo balbuciando um rouco "ôi"... do outro lado alguém responde com outra pergunta:  "Negão? " respondo monossilábica e sonolenta um "eeuuuu". Escuto um riso vindo do outro lado misturado com um surpreendente " Bom dia " e um verdadeiro "Eu te amo" , que deve ter sido o primeiro dele entendendo que não é pra sempre. Desligou o telefone antes que eu respondesse e me deixou assim ... com um riso de amor, purinho, no rosto.
 E já que você disse que é um dos meus seguidores aqui no blog, deixo pra você, especialmente pra você o meu EU TE AMO e agradeço por ter entendido que não é pacto é ato, é atitude, é do nascedouro do nós.

                                                                   

terça-feira, 6 de setembro de 2011

EFÊMERO

De vez em vento
Nem sei voar
De quando em tempo
Nem sei passar
Por tanto tempo
Voar foi estar e ser
Por ínfimos momentos.
Agora permamenecer é, apenas,
Divagar...

Das Preta

                                                                    
    

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

PRA TE DESEJAR BOM DIA ,MAS BOM DIA, MESMO !

Estou tentando escrever e não consigo. Nada. Tudo meio travado. Sei que amanhã, ou depois, tudo voltará ao normal...Espero, pois às vezes leva uma vida pra eu conseguir encontrar meu eixo. Isso é uma outra postagem que um dia, talvez, eu faça... A minha falta de eixo vem de um excesso que cometi. Detesto quando me furto de minha companhia...
Deixo apenas uma poesia que está na minha cabeça, bailando sem parar, desde sábado quando a li e reli e até fiz um diálogo com ela.
Fica para você como um desejo de BOM DIA!

                                                                         
Texturas



Não te preocupes em me decifrar,
sou costurada com a linha da ambigüidade,
vestida de discursos de calar.
Não procure em mim suas verdades
minha bainha não foi feita,
toco em todas as texturas.
Minha cor não foi eleita,
sou camaleão sem cura.

Sou verso de intuição,
pergunta possível,
tentativa de explicação.

Meu verso é repleto de possibilidades,
não possuo seqüência, não possuo métrica.
Sou cúmplice da dualidade,
rima anacrônica perdida na realidade.
Não te preocupes em me decifrar.


— Gabriela Marcondes







domingo, 4 de setembro de 2011

O JULGAMENTO DE LÚCIFER


                                                                 

Sexta- feira foi noite de estréia no Teatro de Bolso. Sexta- feira foi noite de competência e metáforas. Sexta- feira foi a noite do texto do brilhante autor Adriano Moura.
Adriano é dono de uma escrita ácida, de um verbo instigador, de um efeito alucinadamente desafiador. Adriano ousa transformar as mazelas e questionamentos humanos em arte e a qualidade de seus textos mexem com minha vontade de fazer, um dia, algo que venha de suas estranhas, pois ele escreve assim...com pulso e pulsação, ritimo e coragem de forma vísceral.  Em cena, Adriano expõe um diabo humano, que ouve música clássica e que apresenta uma igreja promíscua, como sabemos que existe.Oanjo decaído possui falas impensadas por nós e nos leva a fazer análises que jamais faríamos por medo ou por cultura, não sei.
Polêmico, muito polêmico. Atrevido, imensamente atrevido. Transformar Deus em um ser comum- como deve ter sido-.Retratar Deus de forma tão inaceitável, esvaziar as suas mãos de perdão e transformá-lo em um ser com alma  amoral, é polêmico demais.
Adriano deixa como resposta a uma sociedade vestida de hipocrisia que o homem é, de fato, o mentor de todas as desgraças e isso é verbalizado pelo Lúcifer... " O homem comete todas as atrocidades...e depois fala que foi por minha influência" 
Sei que muitas pessoas assistirão e sairão de lá achando tudo aquilo uma heresia. Sei que dirão que ele é um maldito e um ateu horroroso. Eu não penso assim. Não penso que seja heresia o seu texto. Heresia são as guerras santas, o massacre de mulheres  e crianças a exaurida corrupção que assola  nossso país. Tudo isso feito e executado pelo homem que foi feito a imagem e semelhança de Deus...
Tenho que dizer que o que vi está longe de ser um derespeito a religiosidade. O que vi foi o que é raro em minha cidade. Eu vi ARTE.
Vá você também...aí a gente conversa.

Uma semana de luz! Muita luz!












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