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sexta-feira, 2 de agosto de 2013

ANTES QUE O MUNDO SE ACABE


                                                                             

Vem dormir comigo hoje
Que afinam instrumentos por aí
Anunciando o fim do mundo
Dorme comigo 
E eu acordo como se não houvesse orgia
Viro dona de uma lucidez desconhecida
Encurto a minha tesão e te permito voar
Sem árvores no caminho
Com combustível suficiente
Para voos internos e intensos
Vem dormir comigo hoje
Para que amanhã não me traias 
Pelo cansaço
Não me perca a extensão da alma
Para que não vires abóbora perto de mim
Aprendi que há várias espécies de anjos
Várias espécies de deuses também
Logo, deve haver demônios
Me inclino para eles
Acreditando em milagres...
Então vem dormir comigo hoje
Antes que os Maias tenham razão
Antes que nos tirem a função da sacanagem
Vem e beija o cotidiano de meu ventre
Vem , me beija mãos e boca 
Enfia seus dedos por baixo
Da barra do segredo do vestido
Vem menino...atrevido
Me alvoroce o ouvido
E me encharque de ideias para novos poemas 
De meia noite 
Onde tiro e boto o figurino de ilusões 
Que cabe aos amantes
Onde teço contos e prosa
Onde só por carinho
Peço você um "cadin"
Pra brincar comigo
Depois te devolvo pro mundo
Juro!! 
Quero você por uns tempos dentro de mim
Antes que o mundo acabe
É por empréstimo
Precisa ser doado,não
É por paixão
Mais que por tesão
Uns tempos assim...pra mim
Pra você
Sem medo
Sem perfeição
Nem pra todo e sempre
-Perco sempre como quem perde a mão-
Por ser tanto
Por ser quase
Vem dormir comigo hoje
Antes que o mundo acabe...
Vem...

                                                                                               Das Preta


terça-feira, 30 de julho de 2013

EU GOSTO DISSO

                                                                         


Repentinamente senti saudades do beijo que não ousei dar.
Senti saudades do olhar que prometi e que furtei de mim, pois poderia ter visto refletido no outro.
Atrevidamente consenti a suposta possibilidade de um dia.
Uma vez mais permiti uma travessia interna,
Um riso nervoso,
Um risco a mais,
Uma verdade a menos,
Uma violação nas ordens das coisas,
Sinto essa saudade por covardia
Isso provoca uma certa hemorragia em minha alma
Mas me faz descansar a carne também
Tira-me da agonia
Acrescenta ao meu paladar uma escrita já conhecida
Saber que não há futuro e que, no depois, nem a saudade
Nem a vontade, nem o olhar serão capazes de me resgatar.

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