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segunda-feira, 7 de maio de 2012

"A POESIA NÃO SE ENTREGA A QUEM A DEFINE"



                                                               
Já se vão 18 anos sem o poeta que encanta a todos! Dia 05/05 não foi dia para ter festejos, mas recordações… Eu não seria a mesma sem esse escritor que tornou a minha vida mais leve, feliz, mas não sem crítica e um pensamento atento ao cotidiano… Poeta da rotina, das experiências ordinárias, do que é comum, sem, no entanto, cair no usual. Quin é um autor que continua a nos fazer pensar nessas pequenas coisas do dia-a dia!                                                                 
"Quin" sempre foi um sujeito que sabia o que queria e sabia que seu nascimento a 30 de julho de 1906, foi o melhor que lhe aconteceu. Achava que confissão não transfigurada pela arte era indecente e dizia - "Minha vida está em meus poemas, meus poemas sou eu mesmo, nunca escrevi uma virgula que não fosse uma confissão."
Quim nasceu prematuramente num frio de 1grau, o que o deixava meio complexado, pois achava que não estava pronto. Até que um dia descobriu que alguém tão completo como Winston Churchill nascera prematuro- o mesmo tendo acontecido com Sir Isaac Newton.
Gostava de dizer sempre:
"Prefiro citar a opinião dos outros sobre mim. Dizem que sou modesto. Pelo contrário, sou tão orgulhoso que nunca acho que escrevi algo à minha altura. Porque poesia é insatisfação, um anseio de auto-superação. Um poeta satisfeito não satisfaz. Dizem que sou tímido. Nada disso ! sou é caladão, instrospectivo. Não sei por que sujeitam os introvertidos a tratamentos. Só por não poderem ser chatos como os outros ?
Exatamente por execrar a chatice, a longuidão, é que eu adoro a síntese. Outro elemento da poesia é a busca da forma (não da fôrma), a dosagem das palavras. Talvez concorra para esse meu cuidado o fato de ter sido prático de fármacia durante 5 anos. Note-se que é o mesmo caso de Carlos Drummond de Andrade, de Alberto de Oliveira, de Erico Veríssimo – que bem sabem ( ou souberam) , o que é a luta amorosa com as palavras."

Pelo meu amor e pela minha luta com as palavras é que existe essa postagem pro meu "Quin", que quando muito menina chamava de "Quintanda" e passei a me alimentar de suas verduras letras, leguminosas frases e frutíferas ideias...

Projeto de Prefácio
Sábias agudezas… refinamentos…
- não!
Nada disso encontrarás aqui.
Um poema não é para te distraíres
como com essas imagens mutantes de caleidoscópios.
Um poema não é quando te deténs para apreciar um detalhe
Um poema não é também quando paras no fim,
porque um verdadeiro poema continua sempre…
Um poema que não te ajude a viver e não saiba preparar-te para a morte
não tem sentido: é um pobre chocalho de palavras.


Seiscentos e Sessenta e Seis
A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas…
Quando se vê, já é 6ª-feira…
Quando se vê, passaram 60 anos…
Agora, é tarde demais para ser reprovado…
E se me dessem – um dia – uma outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio.
seguia sempre, sempre em frente …
E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.

A Verdadeira Arte de Amar
A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa,
Como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo.
Não importa que os compromissos, as obrigações, estejam ali…
Chegamos de muito longe, de alma aberta e o coração cantando!

"FANTASIAS, CRENÇAS E CRENDICES". EU MEDIEI!!


                                                        
A vida está que é uma loucura. Não consigo dar conta de tudo -e quero tudo ao mesmo tempo-. Decidi editar algumas páginas da minha vida, fazer alguns acertos, cololocar ponto final onde havia redicências e enumerar minhas interrogações em uma pasta extra no meu desktop e, por essa causa, estou rareando minha escrita.
No último dia 26/04 participei de um encontro que me foi muito garatificante. Sou fã do compositor ,cantor e sambista Martinho da Vila e,  já há algum tempo, leio sua coluna no jornal "O Dia". Uma coluna que fala sobre assuntos das mais variadas esferas.
Bom, escrevo sobre o meu encontro com ele que aconteceu por ocasião do lançamento do seu livro "Fantasias, Crenças e Crendices" no Espaço Cultural do SESC. Foi uma noite pra lá de agradável, com muitas gentes na platéia atenta aos causos contado por esse homem plural que é Martinho da Vila.
 Falar sobre Martinho da Vila é pensar em pluricultura nacional, em força dos ancestrais e dos orixás, em fé na vida, na comunidade e na família, além de  passar, obrigatoriamente, pelo estudo da identidade cultural do país, em suas vertentes, tanto étnicas como culturais.  Focalizar Martinho da Vila, suas idéias e suas obras é mostrar um exemplo vivo de um brasileiro, descolonizado culturalmente e orgulhoso de si mesmo.
Ler Martinho é descobrir, nas entrelinhas, a alma de nossos ancestrais. Conversar com ele é uma aula de cidadania e um exercício de sensibilidade.
Fica a minha dica de leitura pra quem se entrega a arte da palavra como quem conversa com um amigo.



                                                                              
                                                                               
                                                                                

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