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segunda-feira, 9 de maio de 2011

TÔ NA MUDA

Não sou uma pessoa muito dentro dos padrões de normalidade. Pertenço a uma estirpe de gente que veio ao mundo para brilhar e não para morrer de fome. Digo de fome de amor,de entendimento de encontros e alegrias e de nostalgia também.
Todos os dias tento dar um novo recomeço para o que é novamente ,mas que eu acredito que pode ser novamente, de novo ,um novo. Ultimamente, no entanto ,o novidadeiro está meio grisalho,cabisbaixo,meio "oncotô", se é que dá para entender. Sei que motivação é algo que vem de dentro. Sei que a felicidade é quando estamos em sintonia com o nosso interior e descançamos no meio de um congestionamento infernal e conseguimos achar um porquê nele e dele. Mas ,convenhamos que , não dá para bancar Pollyana o tempo todo e brincar de fazer de conta que tudo está um arco-íris.
Estou vivendo uma espécie de "muda". É ,estou na muda . Há uma mudança gigantesca no meu todo,assim como se eu estivesse renascendo de mim e o que eu vejo é ,às vezes ,uma figura que desconheço e às vezes alguém que "numtôafim" de destilar.
Uma das coisas que gostaria de fazer era exercer  o que gosto e me alimentar disso. Estou me violentando por demais e quando é inevitável o jeito é relaxar e gozar... Não gozo há um tempão. E não é por falta de tesão ,não . É por falta de vontade do outro que parece não querer mudança e fica vivendo os 50 anos como se tivesse 20. Gente que tem medo de amadurecer, que permanece irresponsável diante de tudo e de todas as possibilidades de mudança e crescimento estão me deixando em estado de férias. Estou tirando férias dessa gente e construindo a minha mudança, tijolo por tijolo e com argamassa de coragem que é pra me sustentar.
Vou por ai em minhas andanças buscando o meu sucesso e aprendendo que ainda posso descobrir onde é que eu estou . Nessas mudanças o jeito de andar muda ,a disposição muda até a esperança muda. Envelhecer exige ,realmente ,muita jovialidade e eu já estou ensaiando como escreveu Cora Coralina que aos 60 anos resolveu mudar.

Aninha e suas pedras

Não te deixes destruir...
Ajuntando novas pedras
e construindo novos poemas.
Recria tua vida, sempre, sempre.                                                                
Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça.
Faz de tua vida mesquinha
um poema.
E viverás no coração dos jovens
e na memória das gerações que hão de vir.
Esta fonte é para uso de todos os sedentos.
Toma a tua parte.
Vem a estas páginas
e não entraves seu uso
aos que têm sede.

Cora Coralina

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