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terça-feira, 15 de outubro de 2013
ACÚSTICO
Não há palavra
Não há palavra em mim
Não há palavra saída de mim
Não há sentido no papel
Nada se move
Tudo inerte fora
Tudo estagnado dentro
O tempo pela metade
O inteiro sem tempo
Não durou
Demora pra passar
Não lamento
Também não entendo
Soltas as palavras buscam verso
Rima não há
Métrica alguma
Muito menos mote
O que é para sempre?
Na vida tudo está por um triz
Tudo acaba
O bom e o ruim
A tristeza e a euforia
A beleza, a mocidade...tudo acaba
Só o que ficam são as histórias
que viram poema
que se transformam em prosa
que se concretizam
que são marginais
que tornam grafites,
que perpetuam tatuagens
que se ficam eternas...
Ficam elas...as palavras
Mesmo que por hora me escapem
Existem
Cada uma delas
No meu buscar ou
no véu que adormece a noite
A mesma noite em que
Palavra não há.
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