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terça-feira, 1 de novembro de 2011

PRO MENINO DE 1966

                                                                                                                         

Não podemos negar que há dias em nossa vida que nascem pra nos surpreender. Sinto-me, às vezes, com uma certa distância do mundo real e claro que isso é típico dos artistas.
 Artistas românticos guardam flores dentro de livros e, acreditem, lembram-se de quem as presenteou. Não, você não me deu flores. Você nem atravessou , da maneira que eu planejara, meu caminho. Sempre te olhei de longe , de forma platônica, mas sempre soube que no dia que pudesse, fosse em que órbita fosse, prepararia meu mais sincero sorriso e te roubaria pra mim...- mesmo que fosse uma roubada-.
Assim fiz, que não estou morta nem nada, fiquei te namorando por um tempo parado -quando o tempo parece que não se move-...é bom quando o tempo se transforma em nosso aliado e nos permite viajar.
No meio de uma noite, que fique sabendo, mágica e patrocinada com melodias que me faziam rir só pra você , meu corpo atreviadamente se enroscava ao daquele "menino" que foi o meu eleito, de maneira por demais  despreocupada com os que ali estavam.
O menino que habitou tantas vezes minha cama no passado- em meus sonhos- olhava pra mim de maneira a me fazer tremer... A calma foge da gente e nos deixa impetuosamente mais sensuais. Era quase um balé o que faziam nossos olhos e é claro que vou fantasiando mais e mais... Posso fazer isso, não?
Na realidade já tínhamos nos beijado antes mesmo do primeiro beijo. É fascinante a capacidade que temos de sermos racionais quando o corpo clama o toque e a emoção fica estancada pela razão e a gente finge que não goza... Se permitido fosse, o mundo teria se congelado naquele instante e só nós dançaríamos nas nuvens que enfeitavam a noite sem luar.
Confesso que fui pra cama com teu cheiro, Fui pra cama com teu olhar. Fui pra cama com uma adolescente que me habita a alma e que foi despertada por um menino de 1966... Fui pra cama com a certeza que dá pra voltar no tempo e se encantar outra vez.
Ai, então, corajosamente deixo a vontade vibrar, apesar de um certo medo não justificado, e vou vivendo esse novidadeiro encantamento uma vez mais, já que mais uma vez fui por ele  convidada,  finjo um pouco de resistência, - é de bom tom- mas com a certeza de que será difícil para sempre negá-lo. É que o menino de 1966 fez aniversário de guerra e eu me deixei com ele confrontar...
Afinal no corpo a corpo existe um certo interesse na disputa.
Aguardo as armas que seremos capazes de usar.

Até o próximo rock !

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