As palavras sempre me encantaram. Sempre me encantaram. Mesmo quando não entendia o que significavam. Repercutiam em minha mente até que,ao chegar em casa, pudesse procurá-las no dicionário. Isso mesmo...Dicionário!!! O rei do vocabulário, o help de nossos acotovelamentos lexicais.
Nas minhas leituras misturava Pessoa com Quintana, Lispéctor com Patativa e tudo que em mim fizesse consonantais ousadias poéticas.
Hoje releio muitas das pérolas que me encaminharam até aqui e ,para o meu prazer, construo, atrvés disso o que ainda aguardo que seja a minha identidade literal.
PS: quando eu crescer quero ser igual a qualquer um deles ou...igual a todos eles.
PROJETO DE PREFÁCIO
Sábias agudezas... refinamentos...
- não!
Nada disso encontrarás aqui.
Um poema não é para te distraíres
como com essas imagens mutantes de caleidoscópios.
Um poema não é quando te deténs para apreciar um detalhe
Um poema não é também quando paras no fim,
porque um verdadeiro poema continua sempre...
Um poema que não te ajude a viver e não saiba preparar-te para a morte
não tem sentido: é um pobre chocalho de palavras.
- não!
Nada disso encontrarás aqui.
Um poema não é para te distraíres
como com essas imagens mutantes de caleidoscópios.
Um poema não é quando te deténs para apreciar um detalhe
Um poema não é também quando paras no fim,
porque um verdadeiro poema continua sempre...
Um poema que não te ajude a viver e não saiba preparar-te para a morte
não tem sentido: é um pobre chocalho de palavras.
Mario Quintana
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