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segunda-feira, 14 de março de 2011

DIA NACIONAL DA POESIA

A arte do gênero lírico,da linguagem humana,do cantar da palavra,que expressa sentimentos,seduz e emociona é a poesia. Gosto desse genero,dessa forma de se comunicar,desse gosto que tem a palavra em verso. Seus fins estéticos transformaram a forma usual da fala em recursos formais,através das rimas cadenciadas.
A poesia ganhou um dia especial e foi criado em homenagem ao poeta brasileiro Antônio Frederico de Castro Alves, no dia de seu nascimento, 14 de março.
"Existem três tipos de poesias: as existenciais, que retratam as experiências de vida, a morte, as angústias, a velhice e a solidão; as líricas, que trazem as emoções do autor; e a social, trazendo como temática principal as questões sociais e políticas."
Para mim,particularmente,a poesia é cotidiana,noturna ,vesperal...sempre.
Comemoro , hoje ,sabendo que a data é apenas uma instalação de momento.
Brindo ,com vocês, essa e outras poesias que virão.
Tim-Tim !!s

PS: Estou de quarentena e só me resta brindar com algum saboroso chá.






Confissã0


Preciso confessar

Tenho uma amante

Brigamos,às vezes,mas

Somos presenças constantes

Uma na vida da outra

 Não me lembro

De há quanto tempo

 Nos encontramos

Intimas assim...

Não contei os minutos

Horas

Dias ou anos

Em que ela descansou

Por séculos

Em minha cama

Gosto de tê-la comigo

Gosto de senti-la em mim

Não me envergonho

De ter meus olhos

Presos aos dela

Nem de subitamente

Encontrar-me

Rindo ou chorando

Frente a sua verdade ou

 Mentira

Capciosa ela se deita comigo ...ou

Se deita em mim?

Quando nos fartamos,

Às vezes

Atrevidamente

De nosso cotidiano...

Nos afastamos

Ela,porém,

Me vela

Quieta,

Postada à minha cabeceira

Como uma coruja

Louca e

Mística...

Virando olhos e cabeça

Se voltando pro azul

Azul...
Nosso encontro é

Inexplicavelmente

Azul...

Como a terra é

Azul...

Como o céu é

Azul

Ébom amar nas nuvens

É bom amar azul

E nos retornarmos

Nesse universo...

Quando deitamos,

As duas,

Juntas

Ela acaba acolhida

Sempre nos meus braços

Apertada em meus seios

E nas madrugadas

Tenho sonhos

Com a esperança

Arrogância,

Ventania,

Coerência

Palavras e

Hierógrafos

Que ela semeia

Em mim...

Ela é louca!!

Se me sento em um balanço

Ela vem brisamente...

Me ventar

Se penso em algum mergulho

Nas espumas

Beijando meus pés

Ela me vem marear

Preciso confessar que...

Passo horas...

Tempos

Milímetros de segundos

De mãos dadas com ela

Ninguém me entende!!!

Acham que sou insana,

Não ligo!!

Ela despertou no meu infinito

O pedaço melhor do meu mim

Toca-la só é possível

Quando tocada por ela

Numa dessas tardes

Em que me embriagava,

Fiquei me desejando

Como ela,

Mas...eu sou inconstante demais

Não consigo me perpetuar

Tenho uma pressa enorme

De juntar as letras e

Não me preocupar

Com o absurdo que

Poderei causar

Mas

Prefiro ser Maria

A sem vergonha

E não ter vergonha nenhuma

A ir com as outras e

Não poder terminar

Preciso confessar

Que a noite passada

Com uma tubulosa

Insônia

Atirei-me

Uma vez mais

Em tua alma

(não será a última

receio e não quero)

Meus ouvidos ficaram

Enternecidos com o que

Me davas

Lavando e percorrendo meu ser

Nas imagens

Sons e

Viagens

Fazias presente

Vestia-se de Deus

Pra embalar essa herege

Que no meio da madrugada

Gozava as melodias e

Sussurrando seu nome

Espreguiçava

Chorava

Dizia

Pedia:

Toma-me uma vez mais

Toma-me agora

Toma-me nesse dia

Eleva-me e deixa-me

Engolir-te

Por inteiro e

Depois

Depois

Saia pela minha boca...

Minha amante,

Poesia.

                                                DAS PPRETA.

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