contador de visitas
Selecione o Idioma

Postagens populares

domingo, 1 de março de 2015

SEI LÁ...UM BRINDE AOS DIAS QUE VIRÃO.

                                                           


Há um monte de histórias em minha cabeça. Elas flutuam loucas e remexem os meus baús. Estou com uma angústia que me aperta o peito e ela tem um nome que está tatuado.
Aprendi, nos últimos meses a ver a vida pelos seus olhos, a prestar atenção nas coisas simples, a me permitir me perder, a saber da chuva, ventos, açudes, porcos , mas confesso, estou com medo. Medo do que não sei decifrar, do humano que não aprendi a lidar, do seco que me deixou no ar depois das flores enviadas. Perdi a mão, será? Sei lá. Tenho essa mania de ser muito impulsiva. Talvez devesse me blindar, mas gente blindada não se conhece direito, penso. Meticulosa ela teme a exposição da alma. Não sei ser assim. Tento, mas não consigo e não me arrependo.
Tenho em minha lembrança um monte de coisas azuis. Meus tons jamais serão cinzas, mas estou pendendo uma ânsia que não gosto.
Escrevo meio perdida. Isso parece confissão, mas é falta de entendimento, acho.
Lembro-me de quando meu olho se viu no teu e gosto disso. Gosto de escrever pensando que, um dia, me lerás e saberás o quão encantada estou, mas estou com medo e o medo nos torna meio obtusos, cegos, melancólicos, prolixos, silenciosos,arredios.
Tenho várias interrogações, mas não as faço com medo de parecer evasiva. Mas como conhecer o outro sem um embate? Não falar me causa uma espécie de sofrimento que beira ao imaturo e por isso me calo.
Por que sofremos quando nos doamos? Deve ser porque projetamos algo que não conseguimos realizar, porque não estamos juntos quando queremos, pelos beijos não trocados e por desejarmos sozinhos aquilo que depende do outro para acontecer, quando, na verdade, deveríamos agradecer pelo que tivemos, por aquilo que ainda é possível viver, por aquela pessoa que nos fez acordar um sentimento adormecido.
Estou fazendo uma faxina em minha alma. Estou limpando os pós deixados em minhas artérias e desentupindo-as de maneira a vir respirar melhor. Estou varrendo dos tapetes toda a sujeira que escondi para que você me receba sem entulhos passados. Não é por você. É por nós, é por mim.
Não quero desperdiçar o que sinto, isso seria egoísta e imprudente, então trato de espanar essa poeira também dos olhos, destampo os ouvidos e tento fazer música pra poder cantar pra gente depois.
Tudo isso pode parecer confuso, mas é um alento pra mim, conversar comigo. Mas no fundo, no fundo é bem um desbarato não fazer isso com você.
Embora sem a tua companhia..."um brinde aos dias que virão."

Beijo meu!



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Hora certa:

Faça parte da familia: