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domingo, 6 de outubro de 2013

"SOLIDÃO É UMA ILHA COM SAUDADE DE BARCO"

                                               

Pergunto-me incessantemente a mesma coisa...
Resposta não há para esse espiral em que me vejo
Carrego o leve peso de meus atropelos
Enquanto a existência trafega torpe pela casa
De longe, observo a inutilidade de meus pensamentos
E envio pra mim mesma mensagens de desistências
- que não combinam comigo-
Estou cansada
Há um cansaço de séculos em meu respirar
Minha bagagem de vestígios sentimentais ruminam 
Sinto-me velha e teimosa
Frágil e perdida
Desconfiada e fingida
Mulher com infernais vendavais que ardem
Quem é esse ser que me apunhala os olhos?
Que desfaz minhas mandalas e que contorce meu crânio
De maneira tal que meu grito fica oco
Que não revido o soco
Que esquarteja minha alma
Como se faz com um gado depois de morto?
Atravesso um deserto imenso e
Nunca chega o oásis...
Uma voz me sopra- Oásis é dentro da gente-
Não encontro o dentro de mim
Meu eu ficou desativado- por hora-
Me quero de volta
Tenho direito a esse pertencimento
Meu sossego foi atravessado pela angústia
Viver arde
Viver dói
Saudade...
Esse "ainda" que está atravancando meu caminho
Esse caminho que me leva de volta
A lugar algum
Essa solidão das sete....das treze
Esse nunca mais
Só queria não ter pressa
Não ser presa, no sentido de animal predado
Não ser festa oferecida 
Ou bebida que encoraja
Queria a simplicidade do riso
O carinho gratuito
Queria a não monogamia imposta
Queria a utopia do "dar certo"
Queria o querer do outro
Ser o outro
Voltar pra mim e...
Ser EU
De novo.



Um comentário:

  1. Sempre deixo vc com a inquietação apurada....kkkk! Estamos mais perto do que imagina. Leio o que escreve e acho que poderíamos sair para um cinema, um almoço no japonês (onde já te vi algumas vezes).
    Gostei do escreveu, mas sinto que nem sabes ao certo o que acontece... sem dor é melhor!

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