Agora sou nada
Nem atrevida
Nem bizarra
Sou um anuncio no
Jornal da praça
"Procurada"- como caça-.
Agora ainda espero tudo.
Depois do gozo
A luz nos leva ao escuro
Amantes dormem juntos - em sonho-
E acenam pro instante presente
Sabem , em silêncio,
Que não há futuro...
E que o próximo encontro
Poderá ter um ausente.
Pequeno poema com grandes imagens e com um toque do que deveria ser se não fosse.
ResponderExcluirTorne-se presente. Construa mais versos, pois há um mote possível para isso.
Bj.
Tom.
Saudade x Falta
ResponderExcluir‘Sentir saudades é grandioso. Dor enorme que rasga por dentro dias seguidos, horas intermináveis, tempo infinito.Sentir falta é pontual, é dor fina.Sentir falta é mais egoísta, quase que material, mas não menos doloroso.
Por isso, saudade pode ser inventada – falta não. Saudade é contínua, falta é curta. Saudade é pó, falta é pedra. Talvez uma se cure antes da outra, talvez nenhuma das duas tenha cura. Ambas, no entanto, te trazem a sensação da angústia. Ambas acontecem apenas quando o objeto da saudade ou da falta, parece estar ali, na beirada da sua vida. Ambas te fazem esticar o braço com força, com toda a sua força, o máximo que pode, para alcançar aquilo que já não está mais ali, que é sombra.
Talvez essas duas dores só sumam de fato quando ele sair da beirada. Quando o desenho do rosto dele não for mais tão nítido na sua memória, quando o som da voz dele não for mais tão claro em teus ouvidos. A saudade e a falta, de formas diferentes, com dores distintas, clamam por aquilo que mais se teme. A única solução possível é a mais temida, e serve para as duas: o esquecimento.’
"
Assim...
Flávia.
Leio e releio este poema. Releio novamente e não entendo essa mania de viver o improvável.
ResponderExcluirEstou com saudades de postagens diferentes. Há mais de uma semana que não leio uma linha sua sequer. Escreve aí. Estou precisando te visitar por aqui onde os loucos se permitem.
Te roubaram a escrita, moça??
ResponderExcluir