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domingo, 11 de março de 2012

DA SÉRIE "ELE É MILITAR."

                                                                                                                                                         
Aprendi, com o tempo, a manter minha guarda. Não é covardia, é defesa. Já escrevi algumas vezes que tenho preguiça de sofrer, mas isso não significa que não sofra.
Estava distraida sendo levada pelas mãos do destino, como me deixo sempre, tecendo minha liberdade e bordando mais um fio de vida nas tramas do meu dia, ou melhlor, da minha noite, quando me deixei ser penetrada por um olhar que me deixaria encantada... Nada demais. Nada demais se a pessoa em questão não fosse eu. Nada demais se eu conseguisse, uma vez na vida, ser um ser que não se envolve, que não fantasiasse as mais simples atitudes. Nada demais se eu não fosse tão intensa, mas sou e até gosto de mim assim...Não sei  lidar com frivolidades e nem acho "natural" esse rodízio de relacionamento que as pessoas exercitam. O corpo do outro, a alma do outro não é laboratório de pesquisa. Não somos ratos expostos para experiência, para sermos engordados ou para sermos colocados em estado de inanição de amor e alimentados por migalhas, restos de sentimentos. Porra!!não somos.
Sei que um encontro de uma semana nem é relação, mas é um ensaio que pode levar a uma grande estreia, mas a maioria chega na quinta pagina do texto e desiste da leitura, pois percebe que não se trata de uma comédia apenas. No texto chamado "vida" há variações de estilos e gêneros e não estar ciente disso é egoísmo fecundo e individualismo primitivo.
Assusto as pessoas, eu sei. Não consigo fazer a linha "mulherzinha", aquela que fica repetindo- amor, meu bem, fofo, filho,nem, namorado e faz aquelas carinhas que "pelamordedeus" não dá nem para descrever-. Sou daquela que seduz, que gosta do jogo, que faz planos para o futuro porque a lentidão do tempo permite, que pega na mão e fala, olhando nos olhos- eu quero você, vamos?- com tamanha certeza e doçura que penso, eu, que não tem como o outro me achar leviana por isso ou me achar vulgar quando sou transparente, quando dou a ele a grata surpresa de me saber inteira. Os homens temem quem sente de verdade, quem não tem problemas em dizer "eu te amo". Os homens acham que eu te amo é pacto, que eu te amo é para sempre. Nada é para sempre, nem o ódio, nem a fome, nem a sede, nem essa minha aceleração, nem a saudade que sinto agora e me faz despejar essas palavras na tela. Nada é pra sempre e, daqui a pouco, nem mais sua imagem existirá em minha memória, mas deixo claro...esssa foi uma decisão tua que tem um medo doido de se entregar. Também o que eu queria? Com tanta gente no mundo me encantei por um militar...

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